segunda-feira, 19 de abril de 2010

Campeonato sem protagonistas


Como todos sabem, ou se não sabem já devem ter escutado por aí, o Botafogo foi campeão da Taça Rio na tarde de ontem e campeão antecipado do Campeonato Carioca, depois de vencer o Flamengo por 2 a 1. Mas não quero aqui exaltar o goleiro alvinegro, que defendeu um pênalti, ou execrar o artilheiro beberrão rubro-negro, que não merece ser jogador de futebol e não entende o conceito de atleta profissional. Adriano não merece a atenção que a mídia lhe confere. Não merece jogar uma Copa do Mundo. Nem merece ter seu nome gritado pela nação vermelha e preta. Adriano é fraco. Não interessa o que ele passou, nem o que ele sofreu. Um homem é feito de dignidade e ética. Parece que Adriano faltou à aula esse dia para jogar bola no campinho de terra.

Mas deixando "aquele que não merece ser mencionado" de lado, queria deixar algumas impressões. Durante a transmissão da partida pela TV, cheguei à conclusão de que o comentarista José Roberto Wright vê o jogo numa televisão diferente. Talvez 3D ou um tipo de tecnologia alienígena. Porque eu nunca vejo o que ele vê. Parafraseando Mazitu, "quando eu concordo com ele, já começo a achar que eu não vi direito!". Não me espanta a arbitragem brasileira ser tão questionada... Wright foi um árbitro de renome!

E já que estou falando da arbitragem, não custa citar o senhor Gutemberg de Paula Fonseca, que executou seu trabalho exemplarmente e surpreendeu. Gutemberg coibiu todo e qualquer ato hostil, fossem lances desleais ou apenas aquela "malandragem" com a qual nos acostumamos no futebol de uns tempos para cá. Acertou em todas as penalidades que marcou. Acertou, inclusive, na maioria dos cartões que atribuiu. Fiquei até com pena dele quando percebi que, de tantos cartões amarelos distribuídos, ele precisava conferir em sua longa lista antes de punir mais uma infração, ao risco de o réu ser reincidente. Parabéns ao árbitro, que pode até ter cometido erros pequenos, mas que não comprometeu o resultado da partida.

Por fim, mas não menos importante, quero destacar a raça do argentino Herrera. Dá gosto de ver a vontade com que o atacante alvinegro quer a bola. Herrera é comprometido com seus companheiros, com o clube que defende, com a torcida que o aplaude e, principalmente, com o futebol! Queria eu que todos os jogadores brasileiros, incluídos aí os nossos representantes na seleção, tivessem essa vontade de ganhar. E o melhor: sem abdicar da técnica. Parabéns Herrera!


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