Parabéns, você teve o primeiro filho! Tenho algumas dicas para você não arruinar o futuro desta pobre criança que não escolheu vir para este mundo.
Primeira dica: Em hipótese nenhuma coloque seu nome no seu filho. A idéia que você passa ao colocar seu próprio nome em seu filho é: “Eu sou FODA e quero que meu filho seja FODA igual a mim e, por isso, ele terá meu nome”. Parece arrogante, so full of yourself, como os americanos diriam.
Minha segunda dica é: Em nenhuma hipótese coloque um nome que a primeira letra seja igual à primeira letra do sobrenome. Vou exemplificar para tornar as coisas mais fáceis. “Rodrigo Rodrigues”, “Fábio Fernandes” são nomes que não soam bem. Há algo em relação à fonética que irrita, que incomoda as pessoas.
Terceira. Essa eu aprendi assistindo 15 minutos, programa do talentoso Marcelo Adnet. Qualquer nome que tenha muito mais vogais do que consoantes quer dizer que o pai, mãe ou ambos são ou foram hippies drogados. Pense nisso, “Cauê”, “Cauã” “Apoena” “Oyama” “Umaraiê”. Se eles votam no PV, tenha certeza disso.
Minha quarta dica é a de que nome composto é algo que remota há séculos passados. Hoje em dia, as pessoas abandonam os blogs e passam a escrever no Twitter porque ninguém mais tem paciência de ler nada com mais de 140 caracteres. Se o nome do seu filho já tem mais que isso, ele já começa como chato e desinteressante e a partir daí tem que provar o contrário.
Quinta. Não é hora de se mostrar original. Quer ser original? Escreva um livro, faça um filme ou qualquer outra coisa, mas não coloque um nome no seu filho que você viu numa embalagem de sabão em pó.
Agora vou passar mais uma listinha de dicas que, por serem auto-explicativas, não será necessário fazer nenhum outro comentário:
6. Nada de nomes que rimam com partes do corpo humano. Nada de Gina ou Xana.
7. Aquele nome lindo que você viu na sua viagem para Republica Tcheca só funciona lá.
8. Nome não é homenagem. Há outras maneiras de se puxar o saco de alguém.
9. Também não é com o nome que seu filho se tornará famoso. Senão eventualmente ele pode aprender a jogar futebol e acabar virando lateral direito da seleção brasileira - se chamando “Maicon Douglas” - e terá o país inteiro rindo dele.
10. Sabe aquele nome que é o mesmo porque seu tataravô se chamava assim? Não é herança de família. Lembre da sua infância e tudo o que você sofreu por se chamar “Reyneimidson”! VOCÊ pode mudar! Todos os outros já estão mortos e ninguém liga se você encerrar uma tradição idiota.
11. E por último e não menos importante: Nunca usem nomes bíblicos. Hoje em dia ninguém mais é santo.
Um comentário:
As vezes tenho a impressão que os pais não procuram "homenagear", nomear um filho com um nome que goste, ache bonito, sei lá, ou qualquer coisa do gênero. O nome do seu filho parece ser uma primeira punição por se ter nascido. A segunda deve ser deixar o seu filho ser gordinho (pq na escola ele vai ser zoado e vão bater nele e ele não vai fazer amigos). A terceira é fazer dele o filhinho da mamãe. As punições são diversas, mas com certeza a primeira é colocar um nome feio, um nome descabido (como 1 2 3 de oliveira 4). O nome é aquilo que a gente carrega a vida inteira, é uma punição que fica, se vc for gordo, vc emagrece, se feio, embeleza, se filhinho da mamae, briga com a mamãe, mas o nome não. O nome permanece, é aquilo que te designa. Por isso, é bom pensar muitas vezes e muito bem na hora de nomear um filho.
Postar um comentário