segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um amigo meu...

A estória já aconteceu há algumas décadas com Walter, um amigo meu, e ele jura até hoje que é verdadeira. Esse meu amigo começou a namorar Estela. A relação era uma maravilha e a cada semana ele tentava, sem muito sucesso, melhorar o humor do pai carrancudo que sua namorada tinha.

Até que um dia – mais ou menos no sétimo mês de namoro - o pai da menina pareceu aceitar que alguém talvez fosse suficientemente bom para namorar sua filha e convidou Walter para passar o carnaval na casa de praia da família.

Mas Walter tinha um problema: Ele não conseguia cagar fora de casa. Apesar disso, sabia que aquele passo era importantíssimo para firmar de vez a relação dele com o pai de Estela, que certamente ficaria muito decepcionado caso o convite fosse recusado.

“Se ficar cinco dias sem cagar é o preço que devo pagar para melhorar a relação com meu sogro, que assim seja!”, decidiu.

O carnaval estava ótimo, todos os dias eram de sol radiante. Tudo ia tão bem que Walter chegou a arriscar uma piada durante o almoço do terceiro dia. A piada não era lá essas coisas, mas teve boa recepção. Parece que finalmente havia conquistado a confiança de seu sogro.

No quarto dia, ele já não agüentava mais. No meio de um jantar em volta da piscina, Walter deixou Estela, o pai e alguns vizinhos para trás, correu até o banheiro dos fundos da casa, trancou a porta e deu aquela cagada. Ao final, olhou para o lado e teve seu primeiro momento de desespero. Não havia papel higiênico.

O lavabo não tinha Box, de maneira que não era possível tomar um banho. Procurando uma saída, Walter encontrou na pia a solução: “Nem tudo está perdido”, pensou.

Ele retirou as calças, girou o registro, virou de costas para o espelho, apoiou o quadril na pia e começou a fazer uma espécie de alongamento para conseguir limpar-se com água da pia. Logo no começo de sua higienização, a pia não agüentou o peso de Walter, descolou-se da parede e espatifou no chão.



Com a queda, sentiu a dor da torneira rasgando-lhe o rabo e não pode emitir um gemido sequer, uma vez que seu sogro aproximou-se gritando:

“Tudo bem aí, rapaz”?

“Claro!” respondeu, instintivamente.

Percebeu os passos do sogro afastarem-se e pensou “É só arrumar uma boa desculpa para isso. Se eu falar que estava passando mal, me apoiei para lavar o rosto e a pia caiu, ninguém desconfiará que esteja mentindo”.

Walter - todo cagado e ensangüentado - honrosamente colocou as calças. Estava pronto para sair e contar à mentira que salvaria sua pele, mas viu que ainda não havia dado descarga. Puxou a descarga despretensiosamente e quando já estava apoiando as mãos na maçaneta notou algo de estranho com a água que subia pelo vaso.

Rapidamente, tirou sua camisa social e começou a administrar os caranguejos até que uns mais ariscos pularam para fora do vaso. Enquanto tentava resgatar os que haviam caído fora, outros tantos se atiraram.

Afastou-se e ficou alguns momentos observando seu namoro afogar-se naquele mar de bosta que fugia do vaso como um perseguido político. Estufou o peito e tomou uma importante decisão:

“Agora é hora de ser homem e assumir toda merda”

Walter chamou o sogro em um canto e explicou-lhe a situação. Eles pegaram o carro e o pai da menina deixou o rapaz no hospital, onde teve uma parte de seu ânus recosturada. Ao sair, mancando, Walter não encontrou ninguém na sala de espera. E aquela fora a última vez em que Walter viu Estela e sua família.

Se isso tudo é verdade ou não, eu não sei. Mas menos mal que aconteceu com um amigo meu...

2 comentários:

Sunda disse...

Essa é muito boa!

Zé Pequeno disse...

incrível!
melhor que a história, só o nome dos personagens!! hahahahaha

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