O lugar é longe e para chegar lá se faz uma viagem que pode durar mais de hora. O estacionamento é 15 reais e te cobram 12 reais pelo ingresso. Não, não é barato.
Dentro da Bienal há milhares de estandes, muita gente e pouco silêncio, o que, por si só, já vai de encontro com a atividade da leitura. Conclui-se que ninguém vai lá pra ler.
Vários exemplares, mas nunca em quantidade superior que a internet. Nunca haverá acervo maior e mais disponível do que na internet. Ou seja, ninguém vai lá para encontrar algum livro que não encontra em outro lugar.
O preço dos livros é o mesmo do que em qualquer livraria. Não há promoções. Logo, ninguém vai lá para comprar livros.
As atrações são as mais variadas. Desde jogador de futebol – figuras que são popularmente conhecidas por não serem das mais cultas – até ídolo da música pop, que também não podem ser chamados de literários, certo?
Se você é louco por uma assinatura ou é um daqueles puxa-sacos que precisa dizer a alguém (que não te conhece) que esse alguém mudou sua vida, é para lá que você deve ir. Do contrário, você também não tem o que fazer lá.
Aliás, fica a pergunta: O que justifica a visita a Bienal do Livro?
Um comentário:
A única coisa que justifica é que ela já foi útil quando a internet não existia. Deixou de ser uma feira e virou um evento.
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