terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Quandos os aspiras superam os medalhões

Durante um tempo ouvi norte-americanos dizendo que preferiam o basquete universitário (NCAA) do que a liga profissional (NBA). Confesso que não dei muita importância aos três primeiros “malucos” que ouvi falar isso.

Só que o número de malucos com a mesma opinião cresceu, então tive que ao menos ouvir os argumentos deles. Diziam que, em primeiro lugar a NBA é muito “fancy”. A tradução mais próxima que consigo imaginar é “fingida”. Outro argumento muito usado é que, quando jogador promissor chega a NBA, ele já começa a jogar com status de astro, com salário milionário e todas as regalias possíveis.

Este mesmo jovem - antes do draft (ou seja, um ano antes) é apenas um dos milhares de aspirantes de jogador profissional e tem que mostrar talento, suar a camisa. Daí a necessidade de marcar como um louco, correr o quanto puder e partir para cesta como se aquela fosse à última jogada de sua carreira.

Se você notar bem, a grande maioria dos jogos de basquete da NBA tem o mesmo roteiro. Somente no último quarto é os times jogam à vera. De que outra razão explicar que a estrela do time muitas vezes não marca 10 pontos nos três primeiros quartos e chega ao último e marca vinte, trinta pontos?!

A marcação da NBA é frouxa e o escore de cada um dos times ultrapassa a contagem centenária, o que é bom para o espetáculo, mas também mostra que os times não se empenharam realmente em defender.

Todo mundo que joga basquete sabe que a marcação é um dos pilares para que qualquer time consiga a vitória. Aliás, é exatamente por isso que o Brasil não consegue ganhar de ninguém jogando com Marcelinho Machado, mas isso é papo para outro tópico.

Na NCAA, a marcação é tão forte que os treinadores costumam a alternar os 12 jogadores do time e os placares raramente ultrapassam os 80 pontos. E isso está bem mais próximo de um jogo de basquete de verdade do que um jogo da NBA.

Com as férias e pré-temporadas dos clubes de futebol do Brasil, os canais especializados em esporte têm mostrado a Copa São Paulo de futebol Junior. O torneio ainda tem times demais, jogadores demais e, da meia dúzia de jogos que vi, nenhum ainda me saltou aos olhos. Aliás, todos foram uma bela porcaria.

Já quanto a estréia da Seleção Brasileira Sub-20 não imaginaria que ficaria tão encantado. É claro que o setor defensivo do Brasil é uma bagunça e talvez o Neymar devesse “soltar” um pouco mais a bola, mas é sempre bom ver (desculpem pelo clichê) o Brasil jogando como Brasil, com a bola no chão e futebol ofensivo.

Os jogos estão sendo realizados no Peru, num horário "ingrato" para o público no Brasil (início dos jogos costuma a ser meia-noite, uma da manhã), mas desde já lanço o desafio: Você não verá o Ronaldinho Gaúcho nesta temporada jogando tão bem quanto o Neymar jogou neste primeiro jogo.

Resultado: Brasil 4 x 2 Paraguai. Dois jogadores brasileiros expulsos e Quatro gols de Neymar.




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