quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quem critica o crítico?

Nunca suportei o intelectualóide Arnaldo Jabor. Para mim ele é a representação da soberba, da arrogância, do idiota que acha que é um gênio, que se sente a voz de uma geração e que entende tudo sobre política, cinema e literatura. E coitado do tolo que discorda dele!

Ontem quase fui ao orgasmo ao ler sua crônica em resposta a quem criticou seu último filme “Suprema Felicidade”. Jabor citou nominalmente seus críticos, dando um chiliquinho de proporções épicas. Baseou-se em falsas premissas para mostrar toda irritação de ter tido seu imenso ego ferido.

Sua primeira premissa foi de que o filme é um sucesso de público, em virtude da divulgação boca a boca. Isto é uma falácia. O filme foi visto por 180 mil pessoas em 6 dias por conta de uma publicidade agressiva feita pelas Organizações Globo, divulgando o filme através das críticas do jornal (sempre positivas, afinal de contas, é pra lá que ele escreve) e até mesmo da novela e não por conta das indicações dos expectadores.

Acho louvável o fato de o Jabor ter “botado a cara”, falado do que não gostou e praticamente chamando os críticos de babacas numa época em que não se pode falar mal de nada, mas ele - justo ele que "mete o malho" em todos os filmes – não pode ficar irritadinho com criticas que estão fazendo sobre seu filme.

Outra premissa falsa usada foi de que hoje em dia as pessoas só gostam de filme com monstros, robôs e não de filmes sobre sentimentos. Já lhes adianto que não vi o filme, mas procurei ler os comentários de quem viu (twitter e etc.) e, ao contrário do que pensa o Jabor, não foram nada positivos.

Para se ter uma idéia, a cada dez comentários que li, apenas um era positivo. O argumento de que as pessoas só ligam para filmes de robôs é falso. E, ainda que seja verdadeiro, Jabor não pode dizer que o filme é bom, mas que ninguém gostou porque gostam dos monstros.

Há de se considerar também que durante toda sua juventude, Jabor foi um dos que, segundo Nelson Rodrigues era “um intelectual de esquerda, fumando maconha no posto 9 de frente para o mar e de costas para o Brasil”. Como vocês já devem ter notado, hoje em dia Jabor é integrante da ultra-direita reacionária deste país. Para quem é de esquerda, isso é pior que xingar a mãe.

De forma perspicaz, ele tentou passar a mensagem de que os críticos não gostaram do filme por conta da sua posição política atual, mais uma vez escondendo o fato de que em realidade, não gostaram porque o filme é ruim. Isso foi dito pela crítica E pelo público.

Não deu nem pros fãs do Restart e nem pro Galvao Bueno. Hoje, Arnaldo Jabor é o MAIOR BABACA deste país. Para ler a crônica enlouquecida de Arnaldo Jabor, segue o link abaixo:

http://tinyurl.com/26chymp

2 comentários:

Sunda disse...

Cara, esse Jabor é um babaca mesmo. Graças há Jah tem muito tempo que nao o vejo no Jornal Nacional falando merda.
Ele criou um perfil no Twitter para promover o filme e em uma de suas mensagens teve a audacia de falar que as pessoas estavam aplaudindo o trailler de "A Suprema Felicidade". Na boa, quem aplaudi um trailler? Ta de sacangem!
Jabor, vai ver se a Rita Lee ainda te atura!

Cazé disse...

Cara, eu até gosto do Jabor. Mas usar um jornal para responder críticas, que foram direcionadas ao filme dele, foi um puta deslize.

Teve um comentário no blog q ele publicou o polêmico texto, q eu ri pra caramba na hora: "Ah, Jabor! Vc critica todo mundo e agora vai ficar de 'mimimi'???"

abs

Comentários Recentes