segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Quem sou eu pra ser o seu juiz?

Atualmente todas as pessoas se acham no direito de julgar as outras com base nos fatos que tem conhecimento. Tem gente que acha isso errado. Tem gente que acha que não faz isso. Se formos um pouquinho menos hipócritas, vamos ver que é praticamente impossível você não olhar para uma pessoa que tem uma determinada característica, seja ela física, social, ou apenas uma experiência passada que você sabe e não esperar que isso determine o comportamento dela.

Na verdade, acho que isso é uma coisa natural. Você encaixa tudo nos paradigmas que montou na caixola! E é o que o seu olho vê, portanto não tem como negar. O seu juízo de valor virá em seguida, querendo você ou não. O que não é natural é assumirmos que vamos acertar sempre em nosso “julgamento”. É não assumir que esses paradigmas que criamos podem estar errados!

Os historiadores dirão que a história sempre se repete. De fato. Mas normalmente não com as mesmas pessoas. Os economistas sabem que o comportamento passado não é garantia de comportamento futuro. Considerar que o comportamento de uma mesma pessoa vai ser sempre o mesmo é considerar que as pessoas não aprendem. E até hoje, tudo bem que só vivi 28 anos, mas não conheci nenhuma pessoa que não aprendesse.

Então, da próxima vez que você olhar para um nordestino, pobre, doente, velho, maluco, ex-detento, um amigo do colégio que era um idiota e você não vê há séculos, ou simplesmente um ente familiar que fez uma merda, não se esqueça que essa pessoa aprende e muda. Pressupor que as coisas são e vão continuar iguais pode apenas tornar as coisas mais difíceis pra você.

3 comentários:

Lagash Films disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zé Pequeno disse...

Boa Pensador! Ótimo texto!
Bem-vindo ao Campim!
Contribuição de gala...
E tenho que admitir que me fez pensar um pouquinho sobre o meu comportamento e preconceitos...

Anônimo disse...

Bacana!

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