quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Jornalismo Manja


Não sei se todos vocês estão familiarizados com a expressão, mas o “jornalismo manja” é feito pelo profissional da imprensa quando noticia o que o jogador – normalmente de futebol – está fazendo fora de campo, em especial quando freqüenta o bar X ou vive sendo visto na boate Y.

Já fui da opinião de que era um absurdo um atleta profissional que recebe salários astronômicos ficar virando noite. Quem consome álcool sabe muito bem as conseqüências que uma ressaca trás para o corpo humano. E, quando o corpo sofre as conseqüências, muitas vezes o atleta não corresponde em campo.

Depois de um tempo, você vai ficando velho e cascudo e vê que o cara que ganha o dinheiro que esses jogadores ganham simplesmente não conseguem ficar em casa. É difícil fazer repouso enquanto tem mil vagabundas ligando e um monte de “brother” querendo gastar um dinheiro que o jogador sozinho não gastaria nem que quisesse.

Aí passei a acreditar que jornalismo manja é babaquice. Simplesmente não vale a pena a imprensa ficar cobrindo essas “noticias menores”, que essa espécie de “paparazzis” não leva ninguém a lugar nenhum e essas matérias sensacionalistas não são dignas das páginas vagabundas em que são impressas.

O cara tem dinheiro e se quiser investir na reestruturação econômica dos Estados Unidos, o problema é dele. Ao mesmo tempo, muito dinheiro nas mãos desses sujeitos (que geralmente tem pouca instrução) faz com que eles acreditem que estão acima do bem e do mal. Como o clube de futebol a maioria das vezes faz contratos em que fica refém desses caras, nada (ou muito pouco) pode fazer com relação a essas condutas.

Na teoria a lógica é simples: Se o cara vira noite e responde com boas atuações, o problema é dele. Agora se o sujeito vira um parasita em campo (e pro clube), como é que vamos saber se ele atravessa apenas uma má fase ou se ele não tem se dedicado o suficiente se não fosse pelo “jornalismo manja”?

Hoje, o atacante Fred se recusou a entrar em campo. Segundo as notícias publicadas, Fred alegou não ter condições psicológicas de entrar em campo por sentir-se ameaçado. O atacante teria deixado a concentração e ido a uma delegacia prestar queixa contra os torcedores que teriam o perseguido.





O Caso de Fred é notório. O Sujeito tem um salário de mais de 700 mil reais por mês, sempre está na noite e vive de uma fama conquistada anos atrás. Mesmo ano passado, quando seu time foi campeão brasileiro, Fred não esteve presente nem na metade dos jogos do campeonato. Quanto vale para o Fluminense ter um jogador como este no elenco?

Será que está na hora dos clubes enxergarem que são maiores que seus atuais “craques” ou vão esperar os atletas da bola se dar conta de que há uma contra prestação para seus altos salários? E o torcedor, que pagou comprou ingresso para ver o Fred na ponta dos cascos hoje a noite, como fica?

O jornalismo manja está entre mais um dos males do mundo moderno necessário ou é simplesmente uma jogada publicitária barata a mais para o jornal conseguir ampliar suas vendas?

Sinceramente, acho difícil ter um meio-termo nessa discussão, em especial quando o campeonato entra numa fase em que há jogos na quarta e aos domingos. Dá pra separar “o dia do lixo” para o atleta tomar todas numa profissão que o sujeito corre (ou pelo menos deveria), em média, 20 km em dois dias?

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2 comentários:

Zé Pequeno disse...

de onde vc tirou essa porra de "jornalismo manja"??

nunca ouvi isso!

Zé Pequeno disse...

ah, já concordei com quem dizia que tinha que perseguir esses aproveitadores mesmo e depois mudei de opinião. Lutei fervorosamente contra os patetas que acham que isso é notícia...

mas no fim, cheguei a incrível conclusão de que nada disso me importa! não me acrescenta em nada!

a não ser que eu vire empresário de jogador...

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