quinta-feira, 6 de maio de 2010

Darwin e as baratas

Recentemente, pensando sobre a teoria da seleção natural de Charles Darwin, me impressionei com um inseto em particular: as baratas. Confesso que as baratas me intrigam.

Estava eu, sentado ao pé da escada do meu prédio, contando os ladrilhos na parede do corredor e imaginando uma maneira de ganhar dinheiro. Como já mencionei na minha apresentação aqui no blog, meu grande objetivo é me tornar um milionário, principalmente porque ter dinheiro é uma das maneiras mais eficazes de perpetuar seus genes. Particularidades da seleção natural no século XXI.

Voltando às baratas, sentado no degrau, notei uma coitada de barriga para cima no meio do corredor, tentando se desvirar antes que um desavisado qualquer a esmagasse por acaso ou de propósito mesmo. Até tive vontade de levantar e destruí-la eu mesmo com um pisão - daqueles que estalam - mas estava preguiçoso demais para levantar e fiquei observando se em algum momento ela conseguiria sair daquela situação constrangedora (para ela, é claro). Me atraiu tanto aquela cena que me indignei: “Porra, depois de tanto tempo de existência, a desgraçada da barata ainda não consegue se desvirar quando cai de barriga para cima?”. Depois de sobreviver por Eras, habitar a Terra por milhares de anos, depois de ter sobrevivido aos dinossauros, e mais incrível ainda, sobrevivido ao que matou os dinossauros, a bendita da imunda não evoluiu a ponto de conseguir se desvirar quando cai de barriga para cima?

Não posso generalizar, até porque algumas delas voam – e isso sim é uma baita evolução – mas o que aconteceu com as energúmenas que não voam e ficam de barriga para cima até a morte? Como elas chegaram até aqui?

Talvez Darwin, quando elaborou a teoria da Seleção Natural, não conhecia as baratas. Enfim, acho que não tenho muito mais a acrescentar aqui, até porque estamos falando de baratas, mas quem quiser estudar mais sobre o comportamento delas, mesmo achando que não vale à pena perder precioso tempo, sei que existe literatura sobre o assunto - já perdi meu precioso tempo fazendo isso.

No mais, espero que as baratas continuem a existir, porque se elas estão aqui até hoje devem ser necessárias para alguma coisa. Talvez elas façam parte de um "equilíbrio natural". Só tenho medo das voadoras, porque se hoje elas têm asas, imagina daqui a cem anos...


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