terça-feira, 10 de maio de 2011

Trágico ou Cômico?

Existem três tipos de torcida. A primeira é apaixonada, apóia o time esteja ele vencendo ou recebendo uma sova de gols do maior rival. Não importa o que aconteça, o primeiro tipo de torcedor SEMPRE canta até o último minuto do jogo e dá força ao time. Esse tipo de torcida é muito encontrado fora do Brasil, mas dentro da América.

O segundo tipo de torcida também vai aos jogos, mas assim que seu time erra os primeiros passes já começa a vaiar, reclama do frangueiro que está embaixo da baliza e xinga o atacante por ter perdido aquele gol que, segundo eles próprios, até suas avós fariam.

E o terceiro tipo, torcidas como a do Flamengo e Corinthians que acham que não são simples torcedores. Eles se consideram dirigentes, pais e podem fazer o que quiserem, incluindo invadir treino, meter dedo na cara de jogador e muitas vezes até mesmo chegar as vias de fato. O vídeo a seguir dá uma boa idéia do que estou falando:


É óbvio que eu discordo deste tipo de postura, mas preciso compartilhar com vocês que a cada vez que o vejo morro de rir. Vamos tecer alguns comentários.

Primeiro, reparem na cara de surpresa que o dirigente (que acabou de anunciar o novo técnico) faz quando vê que o sujeito não é do agrado daqueles torcedores que ali estão. O indivíduo, que já é pálido, fica mais branco ainda, com os olhos arregalados, a boca aberta e uma cara de quem já se borrou todo.

Depois, os comentários elegantes ao fundo, coisas finíssimas, do tipo: “Tu veio aqui passar vergonha”? “Waldemar é o caralho”! e “Você é um babaca”!

Segue-se isso ao fato do repórter ficar com o microfone na boca do dirigente assustado e repetir, duas ou três vezes a mesma pergunta (“Mas por que Waldemar”?), enquanto a torcida segue o seu protesto.

Além disso, a torcida do Flamengo não esperou um jogo sequer para resolver derrubar o mais novo empregado do clube. Ali mesmo, na hora do anúncio, improvisa um protesto que já pedem a cabeça do técnico, aos gritos de “Ah, ah, ah, Fora Waldemar”!

E por último e não menos importante, os comentaristas da ESPN, que tentam (sem muito sucesso) segurarem-se para não se mijar de rir ali no ar e ao vivo.

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