terça-feira, 3 de maio de 2011

Osama Bin Laden

Ele nasceu em 1957. Com 26 anos entrou em contato com grupos islamitas. Mesmo sendo filho do homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita depois do próprio Rei, Osama se juntou ao jihad no Afeganistão para combater os Soviéticos, que tentavam invadir as terras afegãs. Durante o conflito armado com a União Soviética, as milícias islâmicas formadas por Bin Laden receberam ajuda direta dos Estados Unidos. Com armas e equipamentos militares, os norte-americanos financiaram a luta dos grupos guerrilheiros, que expulsaram os russos de suas terras.

Aí que começa a merda...

Os caras não conquistaram porra nenhuma, porque quando os EUA se metem em alguma coisa, sempre é com o intuito de ganhar. Até acredito que seja normal você querer algo em troca, mas discordo quando o preço é a sua alma. Pelo menos os russos foram mais honestos. Tentaram invadir e conquistar. Os EUA, como sempre, se fizeram de amiguinhos...

Mas voltando, depois da vitória sobre a União Soviética, Osama foi para o Sudão. Fundou a Al Qaeda ("A Base"). Atentou contra a vida do então presidente do país, Mubarak... esse aí mesmo, que foi deposto agora no Egito. Todo mundo sabe que o puto não prestava. Mas o cara não morreu. Pressionado pelos países árabes, o governo do Sudão expulsou Bin Laden e se apropriou do patrimônio dele. Aí o cara foi pro Afeganistão de novo. Renegado pela família, e sem a cidadania saudita.

Os fracassos sucessivos foram se confundindo com o ódio pelos grupos que financiavam, ajudavam ou apoiavam aqueles que deixaram ele e seus semelhantes naquela situação. E assim, Osama Bin Laden foi alimentando o ódio por judeus, xiitas e ocidentais de maneira geral.

Antes de derrubar as torres gêmeas em 2001, ele planejou e executou diversos atentados. Na Argélia, no Egito, no Quênia, na Tanzânia e até contra um navio americano atracado no Iêmen, em 2000.

Como ninguém levou o cara a sério, ele resolveu ousar. Em 2001, matou aproximadamente 3.000 pessoas nos ataques às torres gêmeas, em Nova York e ao Pentágono. Mas Bin Laden não matou apenas pessoas. Ele assassinou a confiança, o ego e a imponência norte-americana. Ele colocou no chão um símbolo do capitalismo dos americanos. A essência, a base da ideologia dos EUA. Daí em diante, o movimento imperialista estadunidense ganhou força na guerra contra o terror.

Alguns idiotas comemoraram a morte do terrorista mais procurado do mundo. Não consigo entender como um povo que se julga "de primeiro mundo", é tão ignorante. Ainda bem que existe uma minoria que raciocina. Durante as comemorações pela morte de Osama Bin Laden, um jogador norte-americano de basquete criticou aqueles que festejavam a "vitória".


"Foram necessárias 919.967 mortes para matar este cara. Foram necessários dez anos e duas guerras para matar este cara. Nos custou aproximadamente US$ 1.188.263.000.000 [R$ 1,9 trilhões, aproximadamente] para matar este cara. Mas estamos vencendo (sarcasmo)" - Chris Douglas-Roberts, ala do Milwaukee Bucks.

Enganam-se aqueles que acham que venceram a guerra contra o terror. O que os EUA fez foi criar um mártir. Se Osama morreu ou não pouco importa. Como acontece no crime organizado em todo o mundo, ou num exemplo mais próximo da nossa realidade, no comando do tráfico de drogas nas favelas brasileiras, quando morre um automaticamente outro toma o lugar. Então quando os jovens americanos fizeram aquela papagaiada na frente da Casa Branca, pode crer que ganharam mais algumas centenas de inimigos.

O que eles não entendem é que enquanto a política externa do país deles não mudar, dificilmente eles vão viver em paz. O Osama morreu, mas os grupos extremistas e terroristas não. E nenhum deles gosta da política dos Estados Unidos...

Um comentário:

Sunda disse...

Eu ainda acho que ele ta no saco sendo torturado!

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