domingo, 19 de setembro de 2010

Inclusão Social? Talvez...

Algumas semanas atrás tive a oportunidade de participar de um congresso com executivo e escutei algo muito interessante vindo do presidente da rede hospitalar D’Or.

Falavam de tributos e leis que afetam que são impostas para as empresas brasileiras. Uma delas é a lei que obriga todas as empresas a destinar certo numero de vagas para deficientes físicos.

Como o ramo em questão era o hospitalar, o empresário falava da dificuldade de encontrar deficientes físicos que possam trabalhar em hospital, pois, infelizmente cegos, surdos, manetas não possuem as características necessárias para serem médicos para operarem, nem enfermeiros para cuidarem dos pacientes de uma forma adequada. O que torna os deficientes desse setor empregados de níveis baixos.

O que mais me chamou a atenção foi o presidente da D’Or afirmar que tem que pagar salários mais altos para funcionários com deficiência do que para os “normais”, já que a mão-de-obra de deficientes está se tornando escassa no mercado, pois entorno de 10% das vagas de trabalho no Brasil são destinadas a pessoas com “necessidades especiais”. E como já tido, contratar profissionais com alto grau de deficiência para trabalhar em um hospital seria uma irresponsabilidade, pois poderia por em risco a vida dos pacientes.

Acho muito louvável essas ações de inclusão social, mas será que o próprio deficiente está feliz em trabalhar num lugar em que apenas está ali para compor o número de uma cota imposta por lei? Será que ele sente que seu trabalho é reconhecido num ambiente deste? Pelo que estudo, sei que o trabalho e a recompensa financeira não são os únicos fatores que movem o homem contemporâneo. Satisfação e reconhecimento são elementos motivacionais importantíssimos para a realização profissional.

Contratar deficientes só por contratar é um avanço, mas não o é suficiente para satisfazer o anseio dessas pessoas que, tenho certeza, quer ser promovidas por mérito, mas pra isso precisam estar em locais adequados a sua realidade para realizar seu trabalho bem.



Aceito criticas e ponto de vistas diferentes!

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