sexta-feira, 9 de julho de 2010

A justiça de cada prêmio


A Revista “Kick Off” apresentou uma entrevista com o camaronês Samuel Eto´o pouco antes do início da Copa. Esta matéria chamou-me a atenção porque o atacante não é um sujeito conhecido por polêmicas, muito pelo contrário, passou boa parte de sua carreira esquivando-se delas.

A pergunta foi a seguinte:
KICK OFF – Vencer tantos títulos pela Inter dá a você a chance de ser eleito o melhor do mundo?
ETO’O – Sinto muito ter de dizer isto, mas a verdade é que eu nunca serei votado o melhor do mundo. Olhe o que aconteceu em 2009. Eu realmente acho justo o prêmio para Lionel Messi, mas eu marquei 40 gols na temporada 2008/09, venci a tríplice coroa e fui responsável por grande parte do sucesso do Barcelona. E então eles colocaram o Kaká na lista dos cinco melhores da FIFA. E eu fiquei fora. Eu não estive nem mesmo perto de estar entre os três mais votados. Se eu não pude chegar perto do prêmio em um ano em que marquei tantos gols, então, eu nunca vou conseguir ganhá-lo. Mas eu não ligo. Sei o que realmente é importante para mim.

Comecei a pensar se Eto´o tinha realmente motivos para sentir-se injustiçado. Hoje, vendo a lista dos 10 indicados para “Bola de Ouro da Copa” tenho certeza de que ele tinha razão.

Robben, que só jogou metade da Copa, está entre os indicados. Ele tem 2 gols e apresentou-se como um jogador limitado. Jogando contra a defesa que conseguiu marcar seu poderoso chute de esquerda, Robben não apresentou qualquer outro recurso.

Outro indicado foi o argentino Lionel Messi que, como eu já escrevi em uma postagem anterior, não fez nenhum gol e não deu nenhuma assistência a gol e limitou-se a driblar para o lado.

Qual é o motivo que justifica a indicação desses dois jogadores?

Cristiano Ronaldo ganhou 2 ou 3 prêmios de melhor em campo, sem ter feito nada além de apresentar grande satisfação ao ter sua imagem projetada nos telões dos estádios. Um desses prêmios foi tão constrangedor que ele deu a outro português, o Tiago - que havia feito 2 gols e dado passe para mais 2.

Vale lembrar o sempre polêmico ranking da FIFA que indica as melhores seleções no mundo. Ninguém entende muito bem os critérios que são adotados para que uma seleção como Portugal, por exemplo, que não tem nenhuma Copa do mundo em seu currículo e nem bons resultados apresentados nos últimos anos, esteja há muito tempo em terceiro lugar.

Será que estes rankings das seleções e estas indicações dos melhores do jogo e da Copa são realmente avaliados pelo futebol apresentado?

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