segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tá Caro!

Já vou avisando: A anta que vos escreve está na iminência de contrariar todos os princípios da ciência chamada economia. Quem acha que pode acabar se sentindo ofendido, melhor parar por aqui. Agora vamos aos fatos:

Faz mais ou menos um mês que abriu um novo restaurante nas redondezas daqui de casa, a churrascaria Fogo de Chão. Aparentemente, o “Fogo de Chão” entrou no mercado para fazer frente com a Porcão Rio´s. Ambas têm um excelente visual da Baía de Guanabara, são freqüentadas por ricos e famosos e o preço do rodízio é semelhante (90 e 80 reais o rodízio, respectivamente).

Ontem fui almoçar no “Carretão”, que também se inclui na categoria “Churrascarias na Zona Sul” e, para minha surpresa, o preço do rodízio aumentou em 5 reais de um mês para cá. Será que há alguma relação entre esses fatos?!

Pelo que sempre ouvi de economia, a tendência seria que os preços abaixassem para atrair os clientes. Mas a tão aplaudida concorrência que ouvimos várias e várias vezes de qualquer analista do capitalismo não passou nem perto desses restaurantes.

O problema é que, pelo menos para mim, raramente essa concorrência se vislumbra na prática. Pode ser que os donos negociam um preço entre eles, de modo a PARECER ser uma concorrência, mas o fato é que eu NUNCA vejo essa tal de concorrência acontecer na prática.

Pode me chamar de pão duro, mas só vejo o preço das coisas subirem. E eu não estou falando do preço do arroz e do chuchu! Se você quer ir a uma festa de Réveillon não desembolsará menos de 300 reais. Se quer ir a um show de uma banda internacional, não paga menos de 150 pelo ingresso.

O UFC 134 será realizado no Rio de Janeiro. Se você for amante da luta e quiser comparecer ao evento, o ingresso sai pela bagatela de 275 reais (isso a meia-entrada). Ninguém consegue comprar uma calça jeans ou uma bermuda de uma qualidade um pouco melhor por menos de 200 reais. Isso sem mencionar o preço dos ingressos no cinema, estacionamento em shoppings e etc...




E o pior é que nego paga! E se nego paga, os preços continuarão a subir! O Brasil é o país em o Big-Mac é proporcionalmente mais caro do que países de primeiro mundo e o I-Phone, apesar de ser O MAIS CARO DO MUNDO, teve suas vendas esgotadas.

Todo mundo precisa comprar arroz e está sujeito a este tipo de aumento, mas ninguém precisa de um I-Phone pra sobreviver. Continuem pagando esse preço pelas coisas que não precisam e vamos ver onde tudo isso vai parar.

Um comentário:

Mazitu disse...

Só para ilustrar o que estou falando, de um ano para cá, Rio pulou da 29ª para a 12ª posição no ranking entre as cidades mais caras do mundo. São Paulo está em 10º lugar:

http://www.mercer.com/costofliving

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